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Trigo
no Brasil
Introduzido
no Brasil pelos primeiros colonizadores, o trigo espalhou-se
a diversas áreas, sobretudo na região subtemperada
ao sul.
Casais
açorianos localizados na antiga província
de São Pedro do Sul, em 1723, incrementam a cultura.
Em 1805 o país já apresenta exportação
vultosa para a época, estimada em 13.500 toneladas,
mas a partir de 1811, com a irrupção da
ferrugem, os agricultores desviam as atenções
para outras atividades.
Por
todo o século XIX e ainda nos primeiros decênios
do século XX, a cultura não fará
grande progresso. Somente no triênio 1954/1956 verifica-se
reação de vulto, atingindo a produção,
no último desses anos, mais de 1.000.000 toneladas,
para descer em seguida, sob o influxo de fatores não
suficientemente esclarecidos, voltando a subir a partir
de 1969, atingindo em 1972, 2.000.000 toneladas.
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Tradicionalmente,
o Rio Grande do Sul detém a maior parte da área
cultivada, cerca de 75%, cabendo a restante aos estados
de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e outros.
É elevado o número de variedades cultivadas
no país, muitas já conhecidas de longa data,
outras resultantes de seleções e hibridações
realizadas em estações experimentais, citando-se
entre as últimas os trigos Frontana, Rio Negro, Prelúdio,
Colotana, Trintecinco, Piratininga, Farrapo, Combate, Alegrete,
Trapeano e outros. São particularmente preferidas
pelos plantadores do Rio Grande do Sul as variedades Frontana,
Bajé e Prelúdio. |
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Farinha
de Trigo
Pó resultante da moagem de grãos de cereais,
como trigo, arroz, milho, centeio.
No processo da farinha, as principais operações
são a moagem e a peneiração. Também
algumas sementes, tubérculos, frutos e raízes
triturados são denominadas farinhas. Desse grupo,
no ambiente brasileiro, salienta-se a farinha de mandioca
ou farinha de mesa.
Nos grandes moinhos modernos produzem-se
muitos tipos de farinhas, cada qual para determinado fim.
Essa especialização, imposta pelas exigências
da indústria panificadora, obrigou os moleiros
a fazerem modificações nos antigos métodos
de moagem, a fim de produzir farinhas mais brancas e de
melhor qualidade, apesar do aumento crescente do número
de variedades de trigo que chegam aos moinhos.
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Independentemente
do alto valor nutritivo que possui, por seu teor em fécula
e glúten, rico em protídios, a farinha de
trigo tem uma particularidade de decisiva importância
no processo da panificação: a de reter grande
quantidade de bolhas de gás carbônico (CO2),
que dá ao pão uma consistência macia
e esponjosa. O gás é produzido pela adição
de levedura ou pela reação química
de um ingrediente ácido com bicarbonato de sódio.
No caso da fermentação pela levedura, esta
deve nutrir-se do açúcar, das substâncias
nitrogenadas e dos sais minerais, em forma facilmente assimilável,
contidos na farinha. Além de conter todos esses alimentos,
a farinha encerra certas enzimas, as diástases, que,
ao tornar-se a farinha em massa, transformam lentamente
parte da fécula em açúcar, que o fermento
utilizará. |
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